quinta-feira, 20 de março de 2014

MUSEU DAS FARMÁCIAS


 Museu resgata a história das farmácias brasileiras
Da Redação

O Museu de Ciências Farmacêuticas Paulo Queiroz Marques, dedicado à preservação da memória, vivência e cultura das farmácias brasileiras, completa um ano de atividades nesta  sexta (20), data em que se comemora o Dia do Farmacêutico.

O Museu é uma parceria entre a Anfarmag (Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais), a Abremefar (Associação Brasileira para a Preservação da Memória da Farmácia) e a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Localizado dentro da Santa Casa, na Ala da Provedoria, no andar térreo (Rua Cesário Motta Jr, 112 - Vila Buarque - São Paulo - SP), o MUSEU DA FARMÁCIA somente no ano que passou é que ganhou um espaço próprio, transformando-se em um anexo do Museu da Santa Casa, que resgata a memória de diversas áreas dentro da medicina.

O Museu da Santa Casa é composto por Sala de Objetos de Arte, Sala dos Grandes Doadores, Farmácia Antiga, Hall dos Provedores, Aparelhos e Instrumentos Médicos e Sala de Objetos Históricos.

Está aberto à visitação pública, de segunda a sexta (não abre finais de semana nem feriados), das 14h as 16h. A entrada é gratuita e as visitas são acompanhadas pela Coordenadora do Museu, Maria Nazarete de Barros Andrade.

No caso de visitas de colégios, faculdades ou grupos de estudos, é preciso agendar horário através do telefone (11) 2176-7025 ou e-mail museu@santacasasp.org.br.

Raridades no acervo

O acervo possui cerca de 500 peças datadas dos séculos VII, XVIII e XIX, entre equipamentos laboratoriais, acessórios, matérias-primas e livros.

Entre elas, estão um alambique de cobre aquecido a lenha, que servia para fornecer água destilada para a fabricação de fórmulas; coleção de potes europeus, também chamados de boiões decorados com pinturas, que recriavam obras de arte famosas; almofarizes em chumbo, vidro, massa e mármore para socar e misturar pós e cremes; alambiques; encapsuladoras e piruleiros.

Ainda entre as preciosidades dispostas nos armários restaurados do século XVIII, há pesos e balanças usados pelos primeiros bandeirantes; timer em chumbo, para controlar o tempo de preparo das fórmulas; prensa no formato de jacaré, para diminuir o diâmetro das rolhas de cortiça e destiladores do século XIX aquecidos à lenha e a carvão.

A História da Medicina

A biblioteca também contém dezenas de livros e formulários antigos, como a famosa publicação "Formulário e Guia Médico", de Pedro Luiz Napoleão Chernoviz, lançado em 1831, onde o escritor descrevia medicamentos nativos (compilados pelos jesuítas), plantas medicinais, sintomas de doenças e como preparar os medicamentos para tratá-las. O livro tornou-se fonte de consulta obrigatória entre os profissionais da área e inspirou Carlos Drummond de Andrade a escrever a poesia "Doutor Mágico", dizendo que o invisível Chernoviz "tem a maior clientela da cidade".

A biblioteca disponibiliza também um tour pela história através do arsenal de fotos, quadros e também anúncios e campanhas publicitárias, como a do personagem Jeca tatuzinho, de Monteiro Lobato, numa campanha contra a verminose, que alcançou uma tiragem superior a 100 milhões de exemplares.

Para conseguir reunir todo esse arsenal, o Museu contou com a ajuda do farmacêutico Paulo Queiroz Marques, que concordou em disponibilizar parte de sua coleção pessoal. "O Museu da Farmácia é um espaço para investigações e pesquisas, para o ensino e aprendizado dos saberes específicos farmacêuticos e das ciências correlatas, sem perder o lado lúdico e curioso com o qual procura despertar o interesse do público, voltando-se não só à classe, mas à comunidade onde está inserido", disse o farmacêutico.

Para Hugo Gueges, presidente da Anfarmag, a importância do Museu é imensurável. "Resgatar a memória das farmácias é resgatar uma parte da gente que ficou lá atrás, junto aos esforços de todos os nossos antepassados. Confesso que poucas vezes em minha vida vi um trabalho ser realizado com tanta dedicação e profissionalismo quanto este".

Fonte: Panorama Brasil
 
LEMBRANDO
PHARMACIA POPULAR DE BANANAL SP
  ACERVO RIQUISSIMO
 TODO PERDIDO PELA VENDA DEPOIS DO FALECIMENTO DO PROPRIETÁRIO
PLINIO GRAÇA.
LAMENTA=SE QUE UM PATRIMÔNIO DE TANTA IMPORTÂNCIA NÃO TENHA SIDO TOMBADO E PRESERVADO
PELO CONDEPHAAT E PELO IPHAN
 
FONTE
Centro Brasileiro de Arqueologia
 

 

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